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Poesias-->A FALA DA ÁRVORE - mensagem digitada - 02.08.2003 - 21.15 h. -- 04/11/2015 - 20:12 (Boanerges Saes de Oliveira) |
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A FALA DA ÁRVORE - mensagem digitada - 02.08.2003 - 21.15 h.
A FALA DA ÁRVORE
Olá ! Vamos dialogar !
Você já me conhece há muito tempo:
quando dentro da barriga da mamãe,
eu quem projetava sombra para o calor amenizar !
Hoje grande sou,
forte troncos,
frondosos galhos,
no solo firme estou !
Minha história à outras é semelhante ;
Deus criou-me bem pequenina no tamanho,
lá , distante no tempo, era eu simples semente,
lançada às direções do vento, vou falar, sem acanho:
Passei fome de água, solo e proteção;
açoitada pelos viajores,
quase desisti da evolução !
Onde crescer ? Só dissabores !
Pra frente, lados e alto, olhava;
muito recordava de outrora,
feliz era e não sabia, nem me admirava !
existia , sim ! nada me fazia feliz, agora .
Vez chegou da presença do lenhador,
afiou suas brilhantes ferramentas,
em minha sombra lembrou da própria dor ,
refletiu e comigo confidenciou suas tormentas:
Foi um diálogo comovente,
na sombra outros participavam,
como também se afinavam,
formamos um todo e marchamos em frente.
Juntos, unidos, trocamos experiências,
sol alto, quente, eu oferecia a sombra protetora,
noite, tempestade, outras espécies eram plantadas,
aprendia e somava nessas convivências.
Via em abundância sementes viajarem;
não me importava em que solo iriam geminar,
gritos, pedidos, sempre eu delas ouvia;
no caminho seguia sem oferecer auxilio, nada do amar.
Dia chegou do machado me podar,
os golpes foram, profundamente sentidos,
iniciava a verdadeira vida, tinha que continuar !
Só não iria ficar; recomecei, era um dos seres feridos.
Das jornadas que tinha experenciada,
vendo semelhantes mais fortes findarem,
observei valores que não se acabavam,
beneficiada, fui assim, Agraciada !
Olho de perto e muito distante,
alcanço irmãs à me agradecer,
pela desenvoltura da qual fui radiante,
fiz por refletir noutra que Merecer. (01.08.2003 – 23.50h)
Vejo o quanto sou útil à Humanidade,
de perto, proteção da fúria do raio,
pois enraizada no solo, sou natural pára-raio;
só ou unida às da floresta, fabrico oxigênio à Irmandade.
Mesmo sem vida ainda sou querida;
cuidei-me enquanto minhas partes cresciam;
bem vindo no lar é meu madeiro,
a proteger alma por Ele concebida.
Se são sem conta as minhas utilizações,
posso a todos lembrar da Triste Figura,
onde Aquele findou, com toda ternura,
exemplificando a Salvação dos corações.
Suporto o fruto até o momento da colheita,
acorda o ser, trabalha e o corpo deita;
assim sou participante d& 61602;uma existência eleita
que labuta para travessia da Porta Estreita.
Minha seiva percorre numerosos caminhos,
vence desilusões, mágoas, incertezas;
prima, retificando posições a partir dos ninhos,
culminando nos abastecimentos das profundezas.
Quiçá dia em que o Homem meu exemplo vivenciará,
vendo folhas, galhos e espécies morrendo;
aprende e repete a beleza que se refletirá,
e vai agora melhor existir, ao Pai Agradecendo !
Boanerges Saes de Oliveira
02 Ago 2003 – 21.15 h
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