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Poesias-->MORTUÁRIA -- 18/05/2001 - 12:09 (José Reynaldo Galasso) |
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MORTUÁRIA
Eu morri uma vez
Bem sei o dia e o mês
Hoje não quero pensar nisso
Pra quem já morreu
Como eu
Não existe mais disso:
De sonhar, de cantar,
De namorar ao luar,
De fazer check-up,
De chorar seus ais
E de tudo o mais
Que me escape.
Eu morri uma vez
Entre um não e um talvez
Pois sei que hoje não vivo.
Ponho no automático.
Embora estático
Pareço ativo.
Acordo de manhã
E me acabo no afã
De trabalhar por dinheiro,
Nessa labuta
Ingrata e bruta
O dia inteiro.
Eu morri uma vez
E fiquei freguês
Da funerária
Pois sei que aqui
A morte que morri
É diária.
BSB08052001
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