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Poesias-->Por ti, (soneto quádruplo) -- 19/01/2016 - 08:22 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:148224918417192700







Por ti, (soneto quádruplo)











Por ti, só por ti, sofri amarguras



Mil atrocidades, desventuras



Por ti, só por ti, aguentei a dor,



Tão grande era, e foi o meu amor







Se lá do alto, nas penas da discórdia



Deus não teve por mim misericórdia



Ao menos as musas, com mais concórdia



Acompanharam minha trajetória







O amor primeiro, justo, verdadeiro



Sem pejo nem brio, no atoleiro



Tu jogaste, sem ao menos tê-lo







Amparado na dor alucinante



Que me rasgou a alma e o semblante



Pra hoje em ti, tornar-se pesadelo







II







Talvez seja alucinação minha



O amor que meu coração continha



Talvez seja o amargor da derrota



Da simbiose aurícula e marota







Talvez seja um lampejo de loucura



Num coração partido, impostura



Talvez seja, o querer que não se almeja



Ou o fútil desejo por quem seja







Talvez seja, a dor do sofrimento



Inútil que por ti, sem alento



Passei, sem nenhum merecimento







Com outro te encontrei, e o lamento



Da dor que gerou teu casamento



E até hoje envolve meu pensamento !







III







Amargura, dor e sofrimento



Foi tudo que me trouxe teu amor



Pra quem esperava nele o alimento



Encontrou, foi o calvário da dor







E se desse martírio consentido



Nenhuma outra coisa sobreveio



Não me considero arrependido



Da ilusão do amor que foi meu esteio







Na imensidão descomedida da dor



Tu, sempre foste meu grande amor



E peço a Deus que lá das alturas







Te dê alento nas sepulturas



Ao partires deste mundo,com pesar



Por teres-me trocado, sem pensar !







IV







Um castelo de areia em minha mente



Criei com sonhos vãos de teu amor



Ao invés de pensar naturalmente



Deixei-me levar nas ondas, ao sabor







A vida, é a ilusão dos iludidos



Quimera panaceia de ilusões



De amores não correspondidos



Castelo de areia de paixões







Onde fenecem esperanças de amor



E os grilhões da inveja e da cobiça



Trescalam, tangenciando a dor







Que o infortúnio às vezes quer impor



Ao destino anêmico que atiça



Tal chaga que se alastra ao redor !












São Paulo, 19/01/2016 às 0,3 hs. (data da criação)



Armando A. C. Garcia







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