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Poesias-->No meio do caminho havia uma ... Olivetti -- 18/05/2001 - 18:03 (Félix Maier) |
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No meio do caminho havia uma ... Olivetti
(ou “Minimize, que o chefe chegou!”)
No meio do caminho do burocrata
Havia - além de uma velha Remington -
Um poeta
Um contista
Um humorista.
No meio tempo de um carimbo no balcão,
De uma chancela para despacho,
Há uma pausa para o poeta
Correr até a velha máquina de escrever
E bater um pedaço de inspiração.
A fila de clientes?
Ao diabo as filas de gente!
As belas letras devem preceder às atas!
“Ao vencedor as batatas!”
Que seria da literatura brasileira
Se no meio do caminho,
Entre o birô do burocrata
E o público amassado em longas filas,
Não houvesse uma Olivetti,
Uma Remington,
Uma Hermes Baby,
E um genial escritor em hibernação?
Se não houvesse essa figura singular,
Invento criativo de nossa gente:
O burocrata Machado
O diplomata Veríssimo
O barnabé Drummond
No Itamarty Guimarães?
Se não houvesse esse festeiro,
Don Juan Vinicius em tempo integral
Funcionário gazeteiro,
(“Beleza é fundamental!”)
Entre os poetinhas o primeiro?
E saber que entre fungos e traças,
Em uma singela repartição pública,
Machado nos mostrou toda sua graça:
“Ao último verme que roer minhas carnes...!”
Dedicatórias lindas assim não há quem faça.
Só ganhando o pão que o ácaro amassou entre fungos e traças...
E uma velha Remington...
Entre os barnabés da Esplanada
E os funcionários das autarquias
Quem diria!
Muito mais escritores se esgueiram
Do que imagina nossa vão filosofia usineira...
Minimize seu escrito na tela,
Que o chefe chegou!
Texto maximizado,
Surfam pelas ondas da Internet
Um poema
Um artigo
Um cordel
Uma carta fechada
Uma carta aberta
Um ensaio
Uma pitada humorística
Direto para o reino etéreo de Usina de Letras.
Parabéns!
Seu texto foi inserido com sucesso!
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