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Poesias-->Meus Remos -- 01/03/2016 - 10:44 (Ademir Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fiz remos e remei exaustivamente meus braços,

Meus abraços remando em águas de elevado nimbo,

Lancei meu corpo, de costas, de peito, incerto,

Naveguei com este barco de sonhos pelas vagas,

Cruzei remando a espuma das ondas,

E estendi o quanto pude, minhas velas do delírio.



Não haverá sal na boca do inferno,

Nem serrote rasgará o nó da garganta, rouca, louca,

De gritos sussurrados do alto da proa ao horizonte,

Em que a cortina é penumbra de vertigens e calafrios,

De arrepios do meu espectro em águas revoltas,

Por que o sonho não se estampa em minha fronte.



E não temo, não deixo rasgar as vestes do sol,

Feitas em linhas infinitas e uniformes, douradas,

Abertas pelas mãos zelosas das tecelãs do Éden,

Por que caminho em direção ao cosmos de virtudes,

Magnitude das sensações, das emoções, da vida,

Este meu peito onde a dor e a euforia se sucedem.



É como encontrar a singeleza de noa,

Acima do cântico e das preces de beatas inexatas,

Abaixo da língua dos nativos que lambem como chamas,

Porque não procuro acima da linha da sensatez,

A corrente e o lacre, as sandálias e os panos que cobrem,

O pudor da alma, sem olvidar a nudez do colo.



Penso naquele que planta flores em solo infértil,

Colocando credo nas águas que correm até a cicatriz,

Que antes transpõem o vale da sensualidade oculta, lenta,

Enquanto lança loucos lábios nas colinas tenras,

Como se buscasse urgente fim ao cruel delírio, arfante,

Para esquecer-se, extenuado, sobre a nudez do ventre.



AdeGa

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