Mesmo que não tenhas comido
Tantos doces que te fiz,
Sempre que os fazia, me lembrava de você.
Nas plantas do pequeno jardim
Haviam tulipas amarelas
Que pareciam encandecer, toda vez que te via.
Hoje não floresceram mais.
Que dirias desse jardim sem tua flor predileta...
Troco ideias com o espelho.
Longe, lembro do primeiro beijo que me fez sorrir,
Hoje, mais seco que a tulipa ressequida.
Era tão bom, como imaginava ser.
Nos dias que te amei, me encaixava em teu peito
Procurando um ninho,
E me perdia em teu olhar,
E nele, me encontrava.
Escrevia o verso de antes,
Acompanhado de respostas,
Mas depois, os versos voltavam de mãos vazias.
Meu coração, pergunta por você,
E minha cabeça responde que se foi.
Mas sempre mentia ao coração,
Dizendo que era rápido, e já voltava.
Não me acostumei ao divórcio.
Diante do espelho, abro o diálogo e logo indago,
Porque as pessoas estalam no peito
Amores que sempre morrem?
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