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Poesias-->UM PEDAÇO DE NOITE -- 22/09/2016 - 20:38 (valentina fraga) |
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ESSE PEDAÇO DE NOITE É MEU.
QUIETA EM MEU CANTO PREDILETO
TRAÇO NOS PENSAMENTOS,
ALGUNS RABISCOS.
IMAGINO CENAS
QUE DE TÃO ANTIGAS,
COMO FOTOS PERDEM A COR.
TENTO EM VÃO,
ARRANCAR DA MEMÓRIA
PENSAMENTOS BONS,
MEMÓRIAS ANTIGAS
QUE VALHAM À PENA
SER LEMBRADAS.
É TUDO MUITO DISTANTE,
TÃO DISTANTE
QUE PARECE OUTRO MUNDO
OUTRA ÉPOCA,
EM OUTRA QUE NÃO SOU EU.
EM TUDO SURGE UMA NÉVOA DENSA
COMO SE NÃO TIVESSE HAVIDO.
APENAS PENSAMENTOS TOLOS
VONTADES INÓCUAS,
SUBMISSAS A UM SENTIMENTO PERSISTENTE.
PURO ZELO PESSOAL
O DESEJO DE FAZER PRESENTE
O QUE SE FOI.
PURO EGO, QUERER MANTER ACESA
A CHAMA ÍNFIMA.
É PASSADO TEMPO DEMAIS,
E JÁ NÃO EXISTE O VIGOR,
O VIÇO, O DESEJO NO OLHAR.
EXIBE-SE À FRENTE
A CORRIDA LOUCA,
CONTRA O TEMPO BREVE QUE AINDA RESTA.
É TUDO UMA GRANDE DESCONSTRUÇÃO
DO QUE NUNCA EXISTIU.
NÃO HÁ LEGADO, TESTEMUNHAS,
FOTOS, LEMBRANÇAS, NADA.
TUDO QUE RESTA
CABE NO POUCO QUE ME É PERMITIDO LEMBRAR
ATÉ QUANDO PUDER EXISTIR,
NESSE PEDAÇO DE NOITE
QUE É SÓ MEU.
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