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Poesias-->GIRAMUNDO -- 12/03/2017 - 16:10 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) |
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Rosália queria reinventar a roda.
recriar algo mais perfeito
que suas reinvenções recentes:
a calota, o pneu, a bola,
um time de futebol no ataque.
Mas Rosália no meio do jogo
percebeu como era difícil reinventar algo.
(Quem inventou a barbatana do peixe,
levou muito tempo
para chegar à pata do cavalo
e quando finalmente criou o pé humano,
parou de cansaço.)
E um dia Rosália desistiu,
nunca reinventaria a roda,
porque ela antes de tudo
rola e dispara.
Roda não parecia um galo cata-vento
ou um disco de vinil que toca
preto e musical.
Rosália imaginou então
reinventar outra criação certeira:
do disco chegaria à mão de vinil
que tocaria na palma,
a linha da vida inteira.
A vida é prensada
Torna-se magnética
depois começa a vibrar.
DO LIVRO:"O ÚLTIMO FOGUETE" |
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