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Poesias-->pés de virgem -- 22/05/2001 - 23:46 (maria da graça ferraz) |
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São tão miúdas e
transparentes
envoltas em tule esvoaçante
que lembram pequenos círios
suspensos, iluminando o chão...
Ou, vegetação de lírios, ou
até, finas bolhas de sabão..
Gestos tão delicados!
Tão frágeis! Tão meninas!
Pés de virgem.
Corpo delgado.
Braços em curva - alados!
Que se soprar, como talco,
dissolvem-se brejeiras...
São reflexos de vidro
Pombas em oliveiras
Sombra na água
Nuvens ligeiras
Noiva de anágua
Versos brancos na areia
Em bando, tão mimosas,
ensaiam vôo nupcial,
sobre o jardim de rosas...
Ah, minhas bailarinas!
Inspirastem os grandes
Velasquez e Degas
e tantos outros...Só não
sensibilizam olhos cegos...
São espumas do mar -
crespas e salientes-
a se quebrarem no ar
elegantes e contentes!
Provando a fatuidade
desta nossa sina!
Provando que futilidade
também é divina!
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