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Poesias-->PICHAÇÕES EM SÃO PAULO -- 01/07/2017 - 01:28 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





Como o fluxo contínuo do córrego poluído,









como um acúmulo de folhas na praça suja;









o pixador na cidade de São Paulo









escreve no muro a palavra absurda:                                                                      









SCAVS.









SCAVS é a marca deste pixador no mundo.









Ao lado, outras marcas aparecem









e desprezam a cor amarela da parede:









MARFE,SUAME, MÓRFICOS, GOSMA.









Não havendo compreensão alguma









além do nada,









surge na rua mais registros em preto:









SKIMA, BONDES,RATO.









Mais à frente,









no paredão lateral sem luz do prédio,









outro pixador avisa









o que nunca foi pra saber.









Carimba então a palavra DEDO.









E como não quis nem pensar na hipótese:









“Já que não há estrelas no céu da cidade,









eu aponto”.









diz também:









MOSCA









MOSCA como o inusitado esterco na calçada









e a enorme culpa dos cães.









Um terceiro meliante por isso anota,









durante a madrugada canina,









o nome da sua pseudo-tribo:









GERSONS









e depois pinta de azul.









O Gerson nem lembra









que ainda precisa trabalhar.









Na rua há uma desesperança.









Um pichador mais douto









além do nada,









marca um verbo









e uma interrogação:









SERÁ?





















DO LIVRO:"O ÚLTIMO FOGUETE"





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