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Poesias-->TEMPESTADES INTERNAS -- 11/09/2017 - 17:11 (valentina fraga) |
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PELA TELA DA TELEVISÃO, ACOMPANHAVA
COM SOBRIEDADE E TRISTEZA
OS ACONTECIMENTOS DISTANTES.
DENTRO DE CASA, PESSOAS SE PROTEGIAM
DA CHUVA E DO VENTO CORTANTE.
E NÃO PODERIA SER DIFERENTE.
OU ISSO, OU MORRER.
A QUEM OUSASSE, SERIA PUNIDO,
E AS AUTORIDADES SE EMPENHAVAM EM
PROTEGER A POPULAÇÃO.
TODOS OS JORNAIS,
MOSTRAVAM REPETIDAMENTE A CENA,
ATRAVÉS DAS JANELAS DOS ABRIGOS.
POR UM MOMENTO, PAREI PARA ANALISAR
TODOS OS FURACÕES
QUE EXISTEM DENTRO DE NÓS.
BRIGAS, GUERRAS, CONFUSÕES, TUMULTOS,
TRISTEZAS, AGONIAS,
E ESSAS, NÃO SÃO NOTICIADAS,
SÃO SECRETAS, SÓ NOS PERTENCEM.
AO MESMO TEMPO, PUDE PERCEBER,
QUE OS OBSERVADORES, PROTEGIDOS,
OLHAVAM APENAS O QUE ACONTECIA DO LADO DE FORA,
SEM SEQUER, MOLHAR UM DEDO.
ESTAVAM ALI, DENTRO DO OLHO DO FURACÃO,
OU BEM PRÓXIMO,
MAS, AO MESMO TEMPO,
OLHANDO APENAS. PROTEGIDOS.
AS VEZES, É PRECISO BUSCAR ABRIGO,
PRA TENTAR OLHAR NOSSAS TEMPESTADES INTERNAS
COMO SE NÃO FOSSEM NOSSAS,
E APENAS ESPERAR.
OS FURACÕES SE VÃO,
E COM CERTEZA,
NOSSAS TEMPESTADES TAMBÉM.
É BASTANTE TER CALMA, E ESPERAR.
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