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Poesias-->corpos celestes -- 24/05/2001 - 19:08 (maria da graça ferraz) |
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Ambos estavam imersos no espaço
Infinito aquele quarto
Silêncio absoluto. Paz Litúrgica.
Dois astros desnudos deslocando-se
em órbitas conhecidas,
aguardadas e tão...tão desejadas!
No céu de rosas, constelações de estrelas
iluminaram suaves formas de mulher
Peras Alouradas. Maçãs Vermelhas.
Frutos maduros e aquecidos a
cintilarem oferecidos
Às vezes, uma estrela cadente atrevida
riscava a carne como um giz de luz
indicando o caminho do profeta até
Zênite- cálida e úmida.
Todo o Universo contido
naquele quarto
Movimento contínuo
gemia e morria e renascia
O planeta viripotente
tranqüilo mas febril
lançou com fúria o sputinik
A nave cortou nuvens brancas
de lençóis como bolhas de suspiros
E, guando na Via Láctea,
a espuma de champanhe derramou
- purpurina cristalina e a nave,
aterrisou no rastro de fogo,
ambos resplandeceram frágeis,
exaustos, felizes e abandonados
A beleza renovara-se no efêmero
Ato do amor
Eram agora dois corpos solitários
a concluírem a viagem.
Ao despertarem do sono letárgico
descobriram que haviam caido do céu
mas não da cama.
A luz do dia finalizara a mágica.
Na manhã pálida e fria
encontraram-se toscos e foscos
A paixão é eteréa: inflamável mas volátil!
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