Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62351 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22544)

Discursos (3239)

Ensaios - (10411)

Erótico (13576)

Frases (50726)

Humor (20056)

Infantil (5476)

Infanto Juvenil (4795)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140851)

Redação (3315)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6224)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O CEGO DO CAIS DO VALONGO -- 03/12/2017 - 21:31 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 




O cego do Valongo




segue o rastro no piso azul




para entrar no metrô.




Não impeça a passagem.




O cego sem cão guia,




porque se libertou do cão,




segue com a  bengala as marcas azuis da trilha.




Ele quer entrar no metrô e seguir.




O cego já esteve no século XIX,




no Cais do Valongo, na cidade do Rio




chegando nu da África;




já virou e revirou correntes,




mas hoje, contudo, desceu do ônibus,




negro, magro, de calças jeans, camiseta, bengala,




e quis seguir o azul do pavimento.




Não evite seu rumo,




porque o cego sabe onde está.




Ele consegue ser alegórico.




antes de entrar no vagão




e diz para os atônitos da plataforma:




“No mundo dos cegos,




o homem é um meio centauro




e os cavalos são a criação final.




Lindos!”




 




DO LIVRO: ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS



 







 


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui