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Poesias-->FLORES LIGEIRAS -- 01/04/2018 - 21:32 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Em minha infância para-brisas,

onde tudo era limpo,

eu via nas calçadas, 

crisântemos  e para-lamas.

Eles brotavam e pareciam dizer,

não é preciso frear

ou pensar em para-choques.

No instante de seguir, siga.



Quando eu era menino,

onde tudo era limpo,

os crisântemos disparavam

( flor de dia curto,

morria depressa)

e  eu seguia  ligeiro.

Os meus olhos percorriam

as beiradas do bonde de Santo Amaro,

os jardins do aeroporto de Congonhas

e acelerava o resto.

ou talvez tudo já viesse acelerado

e os crisântemos apenas 

sobrevoassem o bairro.

Não sei.



Ah,  acho que os crisântemos

sempre estiveram mesmo fora de alcance.

e tudo ao meu redor era limpo,

infância de instantes.



Hoje não encontro crisântemos

em meu caminho.

Estranhamente  amadurecido

imagino ver pelo chão,

cuidados

e  fungos frutificados.



do livro: A cidade possível



 





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