GAROTINHA
Queres que eu escreva (como antes) novos poemas,
Novos sonetos, novas liras e madrigais...
Ah! eu não comporia versos de amor ( jamais!)
Sem que fosses, Garotinha, o eco de meus temas!
Não uso (bem sabes) quaisquer estratagemas,
Mas, sim, lembranças (nossas) vivenciadas, reais!
Quando versejo tais saudades nos meus ais,
Jamais versejo em fantasias ou esquemas!
A cantiga (pra ti) foi sempre verdadeira;
Sutil, discreta, mas tão bem endereçada,
Que nunca tu ficaste a matutar confusa!
Por isso eu te asseguro amante e companheira:
A poesia (de amor) foi sempre em ti inspirada,
Pois foste, és e serás (sempre) a única Musa!
Figura: Google
|