BUQUÊ DE ROSAS
No corredor do vetusto santuário,
Trazendo rosas e um terço na mão,
Passou por mim, qual fosse ficção,
Uma musa rezando o seu rosário!
Sua presença era todo o cenário;
Seu gesto leve e terno de oração
Fez calar a descrente multidão,
E encheu de luz o velho campanário!
Mas a angustia (ai de mim) chegou-me ao vê-la...
Quem me dera pudesse tão rara estrela,
Voltar ao céu da minha solidão!
Não pude me conter; rolou-me o pranto,
Pois, fora um dia, todo o meu encanto,
Aquela noiva de buquê na mão!
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