Quando o pintor Gustave Coubert
pintou o quadro “A origem do mundo”
a vagina ali exibida poderia ter um nome
que chegasse a outros juízos:
“A origem da Segunda Terra”;
“A origem da Mata-Atlântica;
“A origem de possíveis cidades”
“O meio dos poucos pinheiros”;
Deveria ser mais fácil,
achar qualquer sentido
na causa daquela imagem,
e na formação de quem a procurava.
No quadro de Gustave Coubert,
há um corpo de mulher
e sua vagina magnífica.
Tão sozinhas pareciam as vaginas do século XIX,
tão juntas estão no século XXI
isso porque a liberdade quer mais certezas
do que os mármores eternos
de uma Vênus de Millo.