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Poesias-->AMOR ATO ONZE -- 02/12/2018 - 05:46 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







Entro novamente no beco perfumado

e nele envio pedidos de uma crença inicial:

o tempo presente, o perdão, a visão

da colina luminosa em minha cidade natal.



Não há feridas na porta evidente,

se o trágico patético entra

minha mão anônima paralisa a seta

e salva o cultivo do beijo recente.



Uma nudez de filhos rola neste momento,

crianças perseguem sombras tão cúmplices

porque sai de ti  um arrebatamento.



Filhos para o alcance dos dedos,

e mesmo diante de tais visões fugazes,

a paixão vence o acesso dos medos.



Do livro:"Amor por força da lembrança"



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