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Poesias-->cotidiano -- 31/05/2001 - 00:02 (maria da graça ferraz) |
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Na herança de meus pais,
não recebi catecismos, manuais,
muito menos um cotidiano burguês
metido à besta, tradição lusitana
de censuras, português com frescura!
Não! Não recebi rotinas...
A monotonia nunca se sentou à mesa
da minha família...Nunca raspou o
prato da nossa alforria e a Mesmice-
pobre coitada!- fugiu com a delegada
dos preceitos dos direitos e virou notícia
de primeira mão...Porque somos pagãos,
politeístas, e nossa única convicção
é viver como perdulários e amar com
paixão - do jeito que dá até bichar-
esse itinerário cheio de enganos e
vazio de cotidianos...
Não...Na herança de meus pais
não recebi bens materiais, nem
barateza de etiqueta, nem relíquias
de princípios, nem ofício para o
sacrifício...Nem garantia de alegria!
Nossa profissão e religião e filosofia
é uma : entregar-se à sorte até que
venha a fatalidade - a morte!
Nossa diretriz é tentar ser feliz...
Nosso estatuto reza absurdos...
Temos vocação para tolos
incorfomados que o mundo reforma
e pensa que põe na linha
Mas quem nasce com essa herança
de não ter cotidiano e não ter sina
é dissidente genético,anti-herói estético
e gente ética - sim , ética!
Enfim, não recebi de meus pais,
cotidiano comum e normal...
Recebi a tradição da consciência.
A conciliação do sangue positivo
com o negativo -sem alergias -
tornando-nos até na ciência :
doadores universais com alegria!
Para sair envie um email para
LunaeAmigos-unsubscribe@egrousp.com
( mas gostaríamos que ficasse )
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