O homem diz:
“Errei,
mas ninguém tem “sangue de barata”!”.
O “sangue de barata”!
O que desejam as veias
de quem tem sangue do tipo?
Talvez a paz.
O homem diria:
“Errei,
mas tenho “sangue de barata”!
Desejo sangue de barata a todos!”.
Talvez não seja paz o que querem.
O homem diria:
“Errei,
mas tenho “sangue de barata”!
O que desejam tais seres,
(e os que tem “coração de papel”
“rabos entre as pernas”,
os que “trocam os alhos”?)
talvez desejem espaço.
(humanos e baratas
se parecem no aperto diário),
O homem diria:
“Desejo grandes arranha-céus à todos!
Voar como maribondos!”.
Talvez não seja paz, nem espaço!
O homem diria:
“Errei,
mas tenho ‘sangue de barata’!”.
Que grande incógnita
para o “médico açougueiro”?
- Calma, doutor! Temos pouca reserva
do sangue do paciente!
- Vou ter que pisar novamente! – diria o médico.
- Doutor, não se pisa em certas baratas!
Todas tem "papas na língua" -
diria a “anestesista esvoaçante”.
DO LIVRO: "AS ONDAS AMAM"