Por toda vida eu te
procurei
Como a única paz que
não vê fim
E, agora, com você
próxima a mim
Me esqueço da ânsia
com que te busquei
Nunca mais refém do
que viesse
Como parte inevitável
dos dias
Eu ansiava por você e
te via
Como a musa que todo
sonho trouxesse
Hoje, no entanto,
você se apresenta
Como única
alternativa possível
Consumindo aquilo que
me diz respeito
E, como escravo
desacostumado
Com a liberdade,
agora visível
Sinto o alívio me
dividir com o medo
Atrás de nós, alguns
se despedem
Comparecendo conforme
o decoro
À celebração de nossa
união
Na laje fria, apenas
meu nome
Mas sua presença é
mais que visível
Qual amor que não vê
rendição. |