Admito, sem
ressalvas; me acovardei
E deixei que a maré
sempre me levasse
Determinando onde e
como eu andasse
E eu, mesmo resistindo
à sua ordem, a acatei
Canibal de minha
própria identidade
Moldado pela vontade
alheia
Cada resquício do que
sou se incendeia
Qual espelho da
loucura ou maldade
Morte travestida de
vida
Ou vida travestida de
morte
Uma vez que viver é
imposição do destino
E sou despido de toda
escolha
Que não a de
renunciar a mim mesmo
E abraçar a quem
menos estimo. |