Teço pensamentos de gelo,
cheia que estou
e ouço a música que devora
vazia que me deixa, de cor.
No branco do preto, que sou
tenho estes olhos herdados
nada azuis
caminho pela noite desperta
porque o dia dói
claro com seu sol
Não sei mais como usar um anzol
e fisgar com fachadas sensuais.
Já não creio que sou pescador.
Mas aprendem-se a lua e o mar
as pessoas estranhas, a dor
e às vezes o incômodo amor...
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