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Poesias-->Introspecto -- 01/06/2001 - 20:20 (Alberto D. P. do Carmo) |
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Certas manhãs as nuvens vão tão altas
Que nem se podem ver
Noutras estão tão desesperadamente próximas
Que m as sinto morder
Certas belezas são de tal forma frondosas
Que me bastaria vê-las
Outras são tão carinhosamente misteriosas
Que me parece sabê-las
Certas horas sou tão dramaticamente consumido
Que me banalizo às avessas
Noutras me apaixono tão visceralmente
Que te sinto saudades espessas
Certos dias sinto que estou de partida
Como gota ácida de que a flor se livra
Noutros sinto-me um orvalho
Que nas noites quentes te abraçam precisa
Certos carinhos vêm tão desfrutados
Que num segundo me entorpecem
Outros são tão disputados
Que desfrutar carecem
Certas noites, és tão necessária
Que me ouso chamar-te à janela
Noutras me resumo em quermesses
Porque insistes em ser tão bela
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