Um amor aprisionado torna-se mui irascível
Ele tem de estar liberto, plácido e profundo
Não devemos mantê-lo como algo perecível
Nem cultivá-lo como um simples moribundo
Se nós tivermos de morrer por esse amor
Que sejam passagens meramente divertidas
Mas se ele quiser somente nos causar dor
Manter-nos-emos presos só às nossas vidas
É mui salutar que nos amemos sem amarras
E nos despojemos de quaisquer inclinações
Que nos transformem em amantes aflitivos
Não poderemos estar reféns de suas garras
Passando a viver por todo o tempo de ilações
Tornando-nos por todo e sempre seus cativos