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Poesias-->O OUTRO -- 02/07/2020 - 00:14 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O outro

 

 

O homem que eu seria está dentro de mim,

 às vezes o encontro,

em um espelho após o almoço,

saciado do nada em estômago duro,

eu pergunto:

Porque você me apareceu tão pouco?

E afirmo:

não há coisa pior do que ser tão aflito,

em ralar-se no homem que me sobrou

em esfolar-me vivo na cova chamada vida.

O homem que eu seria está dentro de mim,

às vezes encontro seus olhos magnéticos,

na fotografia do álbum infantil

e pergunto:

Porque você me apareceu tão pouco?

Porque fui você naquela praia,

naquele outro dia com tão escassas testemunhas.

Você saiu para falar.

Ninguém anotou a mensagem,

mas era você

e a abundância de ti em mim foi sua marca

e tanto foi farta a sua presença

que um dos presentes me trouxe um sorvete.

O homem que eu seria

está dentro de mim para sempre,

e quase sempre se esconde, indiferente,

quase constante, crustáceo na lama,

Não surge nem para aquela que me despreza

e que hoje, já escamosa, diz que me ama

 

 

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