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Poesias-->Horas pardas -- 03/06/2001 - 19:34 (Lizete Abrahão) |
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Horas pardas
Gotas do éter infinito,
Banham corações e instintos
A sede do mundo sacia,
Em cálices de brisa...
Chuva fininha umedecendo,
De mansinho vai tecendo,
A seda que me alisa
De azul e de saudade,
Tépida na tarde fria.
É claro-escuro no meu ver
Nada sei de luz ou aurora
Quero ser, não posso ser
O tudo que sonho por ora...
Pardaceando meu imo faminto,
Nada sou se comparada
Ao muito que o mundo vive...
Revivo na dúvida, imolada,
Jogada, quero ser e não ser.
De sentidos,espinhos e harpas,
Amores, paixões me ferem,
Desejos me rasgam em farpas
Quero ser, mas não me queres..
Lizete Abrahão
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