Gosto de ti mulata que passa despretensiosa
deixando sua marca no chão das cidades maravilhosas.
Que embraza os corações verdes
dos mares de rosas de oferendas para a prosperidade.
Fazendo queimar a madeira de lei miríade
pertencentes as perdidas puberdades.
Eu de muito já havia nem tanto vivido
Quebrou meu coração como um negreiro navio.
Com seus decibéis elevados,
tal qual seus seios empinados
estufando o orgulho formoso da arte da mãe África.
Me deixe pedir um beat para fazer um bite em sua majestosa boca
Pois, santa é a madona negra do oriente
Mãe sabida que se faz presente
No norte das coisas boas.
Te imploro, pare de contar seus feitos aos sujeitos feios
transeuntes das feiras livres e mentes meticulosas.
Deixando como teu presente o cheiro inebriante do teu Karité de esfinge.
Transformando o escarcéu em pontífice
De um pôr do sol emaranhado.
Faz de todos dançarinos de um maculelê frenético
Na selva de trabalhadores moribundos histéricos
Pedindo afresco a quem quer fazer do mundo um desfile de cabrestos.
Nunca réus sem juiz em um inferno
Disfarçados de papos amarelo.
Contudo te permito continuar
No balançar das ocas mortas ao luar
Fazendo de ti a última esperança
Que queria o finado Bragança
Com uma terra dos sonhos sonhar.
27/08/2020 14:22
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