AINDA PANDEMIA
Claro que ando sim quase preso
por uma opção existencial
pandêmica
Ando sem meu horizonte
o de verdade, do céu
que se junta com a Terra
onde nunca chega o fim
Quando espío na janela
vejo todo misturado
tem aquela passarela
tem arbustos, muito carro
claro que ando cabisbaixa
por uma questão crucial
meio etária, meio tal
Mas eu tenho o horizonte
esse que mora no peito
o que merece respeito
como aquele lá do fim
Porque tenho alguma coisa
que segura alguma tocha
um horizonte inventado
que orienta dentro de mim
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