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Poesias-->dez de espadas -- 03/06/2001 - 23:57 (maria da graça ferraz) |
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Não possuo o poder de barganha...
Nenhum truque guardo na manga.
Nos blefes, sou inexperiente...
Nos golpes, sou inocente...
Sou esta inábil, apesar de veterana
nas roletas desta via insana.
Sobre o verde feltro, um dia,
hipotequei meu coração,
e hoje amargo o fiasco e o desafio
de pagar juros muito altos.
Não! Não me arrisco!
Poupo-me. É preciso prudência,
sangue frio e malícia.
Só de pensar no raciocínio frio,
minha alma tremia...
Não aprendi as regras cínicas
destes dados marcados -
O jogo viciado chamado
" Vida civilizada" do
humano social...
Afinal, sou dez de espadas,
uma mulher despreparada,
devia ter me apaixonado pelo
Ás de ouros, mas desmiolada,
optei pelo rei de copas...
Hoje, com coragem,
abro mão de meus lances
e de minhas vantagens...
Continuo sonhando
com a glória dos justos e
com os louros do mérito,
e, apesar de meus custos,
com a beleza valorosa
do inesperado. Por todos
os séculos e créditos - Amém!
Hoje, não frequento bingos,
nem cassinos, aqui ou além.;
fiz da poesia minha loteria
nesta terra de ninguém
e entre rei e valete, fecho a trinca,
como um curioso coringa
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