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Poesias-->obra-prima -- 04/06/2001 - 00:03 (maria da graça ferraz) |
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Unhas em adaga,
minhas mãos abrem-se
em garras afiadas,
formando estranhos
guarda-chuvas
que te estrangulam
como duas luvas
vivas e pesadas,
quando ameaças partir.
Unhas em punhal,
minhas mãos abrem-se
em ferrões fatais,
desenhando loucas
asas deltas
que obrigam teu pouso
quando ameaças evadir.
Quero-te aqui
ao meu lado,
todo arranhado
pelo meu brio
como gato escaldado
que perdeu medo
da água fria.
Por amor?
Não...nosso amor
é uma impostura
mas te esgano
e te seguro
caso tentes a fuga.
Como deixar-te
ir para desterro,
se és com orgulho
o maior erro
de minha vida?
A obra-prima
da desdita -
a única razão
da minha auto-estima-
este premio de
consolação
no pódio da solidão?
Afinal,és o único erro
que cometi sozinha.
A única culpa que
assumo como minha.
E quantos poderão
gritar: " Cometi
um erro fatal"
No mundo,quantos?
Pois este grande erro
faz-te exclusivo,
especial,o
meu troféu imortal.
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