Coisas banais
Coisas banais desta vida
Ninguém as vai recordar.
Quando ao amor subsiste
Nostalgia então persiste
Sempre a nos acompanhar
Na saudade e agonia
Perdidas são as esperanças
Que ombro a ombro carregamos
São os cálices desta vida
Que sorvemos da ferida
Da mulher que nós amamos,
Palco de tantas lembranças.
Privado daquele amor
O homem carrega a cruz
Inútil e evanescida
Sua emoção nesta vida
A que o aforismo conduz
Num desvelo sedutor
O sabor da juventude
É saudade do passado
Execradas comiserações
Que partem os corações
Quando não está lado a lado,
Sofre o amor na plenitude
A vida acumula valores
De pesares e de alegrias
Nada entendendo da dor
Faz sofrer pelo amor
No frio ou calor, contagia
Quando chegam os desamores[AG1]
14-02-2021
Armando A. C. Garcia
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