GORJEIOS DE UM SONETO
Poeta Andarilho
Eu canto o que canta o coração!
(dueto afinado em seu trinar)
A vida tem segredo e tem condão
Passando no processo de avatar!
Bem cedo ouço orquestra sem piano
(meu coração já quer assimilar)
No palco da janela cai o pano
Pra ver aquela orquestra revoar!
Deveras o que ouço são gorjeios
Impondo ao poeta devaneios
Capazes de o amor multiplicar!
Eu corro pra compor algum poema!
Ingresso no avatar em outro esquema
E volto com um soneto a gorjear!
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