O Roubo das Jóias da Coroa
Virtuosa Imperatriz,
Teresa Christina de Bourbon & Duas Sicílias!
Que buscou a proteção das florestas e pássaros do país
Em pleno século XIX! E que instituiu que filhos e filhas
De escravos teriam direito ao ensino primário...
Abrindo um pouco mais o caminho
Para o fim do flagelo sectário...
Mas começou-se um ato tragicômico em desalinho
Na festa do seu sexagésimo aniversário!
Misteriosamente as jóias da Imperatriz
Foram furtadas de um armário!
Dizem, pretendia o Imperador vendê-las em Paris,
Para somar fundos contra a seca no Ceará...
E chama-se Loureiro & Lírio da polícia a ver no que dá
A investigação em busca do ladrão que escapou por um triz!
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30 dias de intensa, mas improvisada pesquisa
Chega-se ao autor do infausto acontecimento
Era Manuel Paiva, amigo do próprio Dom Pedro e que à guisa
De que arranjava encontros amorosos
Com amantes em ocultos aposentos...
Manuel Paiva, furtivo roubo no Olimpo valoroso...
Descoberto seu malfadado intento,
O Imperador administra o tragicômico incidente,
E Loureiro & Lírio disfarçados trazem a contento
As jóias da coroa ao seu lugar mais condizente!
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Luísa Margarida: “Te amo e sou tua!”
Pedro & Manuel, já ébrios, batendo à porta de Carolina,
Alta Madrugada, incomodando vizinhos da rua,
E levados à delegacia, a polícia liberou-os por imperial diplomacia!
Juan: “O teatro de suas infidelidades é a biblioteca do palácio,
O que acontece é que as damas se instruem escandalosamente!”
Mequetrefe: “O Imperador é doido por um caldinho de franga!”
E Manuel Paiva, retornado à corte, cultuava de forma ferina a flor do Lácio
E dizia aos amigos seresteiros ironicamente:
“Faz o ilustre Come-quieto, mas eu decreto que se faz mais barulho que uma charanga!”
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