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Poesias-->O Roubo das Jóias da Coroa -- 06/04/2021 - 18:35 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Roubo das Jóias da Coroa



 



Virtuosa Imperatriz,



Teresa Christina de Bourbon & Duas Sicílias!



Que buscou a proteção das florestas e pássaros do país



Em pleno século XIX! E que instituiu que filhos e filhas



De escravos teriam direito ao ensino primário...



Abrindo um pouco mais o caminho



Para o fim do flagelo sectário...



Mas começou-se um ato tragicômico em desalinho



Na festa do seu sexagésimo aniversário!



Misteriosamente as jóias da Imperatriz



Foram furtadas de um armário!



Dizem, pretendia o Imperador vendê-las em Paris,



Para somar fundos contra a seca no Ceará...



E chama-se Loureiro & Lírio da polícia a ver no que dá



A investigação em busca do ladrão que escapou por um triz!



................................................



30 dias de intensa, mas improvisada pesquisa



Chega-se ao autor do infausto acontecimento



Era Manuel Paiva, amigo do próprio Dom Pedro e que à guisa



De que arranjava encontros amorosos



Com amantes em ocultos aposentos...



Manuel Paiva, furtivo roubo no Olimpo valoroso...



Descoberto seu malfadado intento,



O Imperador administra o tragicômico incidente,



E Loureiro & Lírio disfarçados trazem a contento



As jóias da coroa ao seu lugar mais condizente!



.......................................................



Luísa Margarida: “Te amo e sou tua!”



Pedro & Manuel, já ébrios, batendo à porta de Carolina,



Alta Madrugada, incomodando vizinhos da rua,



E levados à delegacia, a polícia liberou-os por imperial diplomacia!



Juan: “O teatro de suas infidelidades é a biblioteca do palácio,



O que acontece é que as damas se instruem escandalosamente!”



Mequetrefe: “O Imperador é doido por um caldinho de franga!”



E Manuel Paiva, retornado à corte, cultuava de forma ferina a flor do Lácio



E dizia aos amigos seresteiros ironicamente:



“Faz o ilustre Come-quieto, mas eu decreto que se faz mais barulho que uma charanga!”


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