AQUELA FLOR QUE BRILHAVA
Renato Ferraz
Passeava eu descontraído,
uma flor despertou a minha atenção.
Como aquela estrela que mais brilha
e atrai o nosso olhar.
Voltei outras vezes para vê-la.
Era como se a intuição me chamasse de volta para visitá-la.
Eu passei a admirá-la.
Quando pela primeira vez minhas mãos a tocaram,
senti sua maciez diferente; algo mágico aconteceu.
Pareceu-me contato humano!
Minha admiração por ela só aumentava.
Passado o tempo, a gente ganhou intimidade.
Seu perfume, sua cor; tudo seu era motivo de admiração!
Algumas vezes me ausentei por mais tempo.
Eu a beijava e ela parecia retribuir.
Suas pétalas vibravam!
Outro dia tive um sonho.
Ela me via como um beija-flor,
que partia livre a cumprir o seu destino,
ajudar a natureza a se multiplicar.
Embora seu cheiro não esquecesse.
outras flores, beijava.
Numa dessas idas e voltas
Quando retornei, ela não estava.
Quis o destino que fosse assim.
Foi arrancada daquela roseira,
levada para algum local distante de mim.
Em breve chegará a primavera.
As cores e o aroma das flores
darão à vida mais alegria.
Os pássaros cantarão mais satisfeitos.
Será mais um motivo para eu lembrá-la!
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