CONFLITOS NOTURNOS
(Renato Ferraz)
Quando a noite chega
E me estende a mão,
Vestida de sensualidade,
Minha alma fica inquieta
Vagueia perdida.
E como um ser estranho
Chora inconformada.
O vento frio da madrugada
Varre o desejo das entranhas
Da noite escura
Para dentro do meu mundo,
Que já não é mais só meu.
E lá, como um moinho,
Esmaga meu coração.
Mas se eu olho para cima
E vejo as estrelas brilharem
Ainda que muito longe de mim
Vejo cintilar o olhar de um anjo
Permanece a esperança
De que nossas trajetórias
Ainda
poderão se encontrar.
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