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| Poesias-->um tempo -- 06/06/2001 - 23:46 (maria da graça ferraz) |
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Vim antes do meu tempo
Rompi mato
Cruzei o rubicão
Despontei
com antecipação
Dei-me origem
Lancei-me temporão.
Tipo de ser
precipitado
com desejo danado
de viver tudo
de uma vez
e esquecer datas.
Desconheço tradição
Não sei folclore
Nada sei de história
Sazonei na paixão
Tipo de crença
na emergência do
súbito e do agudo.
Estreei sem aviso
para o mundo mudo.
Levei adiante.
Avancei.
Abri caminho.
Sempre sozinha
em meio a tanta
estranha gente.
Nasci uma
velha pubescente.
Uma esquisita
semente.
E por que pensar
na posteridade
se vivo o anacrônico-
esta particular
calamidade?
Portanto,
da forma em
que ando,
sinto o tédio perpétuo
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