A MADRUGADA
Renato Ferraz
A madrugada repousa no tempo
Dona de si
Em sua própria companhia
Escuta o silêncio do mundo
Vigilante e atenta à sua imensidão.
Na sua costumeira solidão
Acompanhada apenas pela lua
E pela brisa fria que às vezes a faz tremer
Aqui e acolá ouve algum som distante, perdido.
Acho que é nesse pouco tempo
Que Deus faz uns consertinhos no mundo,
Enquanto dormimos...
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