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Poesias-->REFLEXÕES -- 09/06/2001 - 05:26 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REFLEXÕES

Por J.B.Xavier



Não! Eu não duvido, nem por um momento,

De que foi, sim, Deus que fez o firmamento!

Apenas quedo, muitas vezes, pensativo,

Sobre qual teria sido seu motivo!



Como pode uma criança conviver

Entre aqueles que a querem corromper?

O que dizer das dores físicas atrozes,

Quando são os próprios pais os seus algozes?



Como pode um ser humano perceber

Numa criança sua fonte de prazer?

E se foi Deus que os criou, donde a malícia,

Que explique a violência e a sevícia?



O que Ele quis dizer? Qual a mensagem,

Ao dizer que o homem é a Sua imagem?

Para então soltar a fera que se assanha,

Como um Nero, ou um Hitler, na Alemanha?



E como posso passear com meu filhinho

Vendo então pela janela o menininho

Sem casaco, sem camisa, pé no barro,

E eu cá, na segurança do meu carro?



O que queria esse Deus, ao permitir,

Que os humanos já não devam mais sentir

O mau cheiro que produz por onde passa,

E que prossigam vivendo entre a desgraça?



Como é que, sendo Deus, todo amor,

Despejou no universo tanta dor?

Satanás também não é explicação,

Porque ele próprio é Sua criação!



Para cada Jesus Cristo que nasceu,

Ou um Buda, ou um Gandhi, apareceu

Um Calígula, um Stalin, um Gengis Khan.

Vem aí novo milênio: e amanhã?



Como posso persistir no meu amor,

Se ao meu lado, campeando, há tanta dor?

Que justiça é essa dEle, onde a morte

Leva os pobres, iletrados, os sem sorte?



Mas alguém há de dizer: O amor existe!

Eu também penso que sim, mas fico triste,

Por sabe-lo concedendo à maldade

A conquista, assim, de toda a humanidade!



Porque aqui, em nossa torre de cristal,

Isolando bem ao longe todo o mal,

Pois aqui, neste esplendor da segurança,

É bem fácil sentir pena da criança!



E por isso, toda lágrima que choro,

Na vergonha indescritível de que coro,

É sentir na sociedade essa cárie,

E fazer, também eu, parte da barbárie.



E eis que Deus permitiu que aqui na Terra

Não houvesse um só dia sem a guerra!

Por isso penso: o que Deus queria, então,

Com a beleza dessa imensa criação?



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