Josias e Jamile
Félix Maier
Josias e Jamile, um amor sem fronteiras,
Proibido pela fé, pela tradição.
Mas seus corações, sem quaisquer barreiras,
Ardiam em paixão, sem vacilação.
Os olhos que se encontravam na multidão
Trocavam um brilho intenso e cativante.
Um amor tão forte, sem explicação,
Que os envolvia por completo, arrebatante.
A luz do amor brilhava em seus olhares.
Um judeu e uma árabe, unidos pela emoção,
Desafiando as diferenças e os pesares,
Em busca da felicidade, sem hesitação.
Caminhos espinhosos tiveram que enfrentar,
Julgamentos, preconceitos e intolerância.
Mas seu amor era forte demais para desabar.
Eles seguiam em frente, com confiança.
Mas a sociedade não aceitava esse amor
Porque as diferenças eram maiores que a paixão,
E a tradição se impunha, sem pudor,
Impedindo os amantes de seguir a emoção.
Josias e Jamile lutaram com bravura
Contra os preconceitos e o rancor da nação.
Mas o amor que sentiam não tinha cura.
Eles se amavam com toda a intensidade do coração.
Um dia, enfim, se casaram em harmonia,
Com cânticos, bebidas, comidas e danças.
Famílias unidas em uma só alegria,
Celebrando o amor que venceu as desavenças.
E, ao lado da Lua Crescente, brilhante e bela,
A Estrela de Davi agora também reluzia
No lar dos amantes, uma união tão singela,
Que mostrou ao mundo que o amor é alegria.
E assim, ainda que o mundo os rejeitasse,
Eles seguiriam juntos, de mãos dadas,
Amando-se em silêncio, sem que ninguém soubesse,
E escrevendo uma história de amor que nunca seria apagada.
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