ELO
Habitas o limite de meus abismos
no conteúdo das madrugadas
esconderijos como relíquias
destes lugares incógnitos
que em partes de mim
desconheço
Por isso tens o direito
de vir comigo à deriva
na descoberta da selva.
É permitir o delírio
do que paresça proibido
e ao coração permitido.
Todos os lados guardados
que tenhas tú escondidos
ou meus retóricos cantos
tristes retalhos banidos
vamos deixar na fogueira
de nossa noite na praia
É que em mim guardo teu sitio
como uma fera no cio
não por roubar-te de nada
(nego ser dona do abrigo)
mas porque entraste comigo
nos meus pedaços partidos.
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