INCÓGNITAS TUAS
Sim:
como sigo sem te resolver
estagno minhas certezas
e duvido das dúvidas a teu respeito.
Tenho os pontos finais interrogados
e as respostas esburacadas
como postais que não dizem nada.
Caminho no arame desafiador
do equilibrista aventureiro
sem olhar para baixo
o coração que insinua saída
pela boca quase aberta
ou pelos olhos instigantes…
Um problema nada numérico
cheio de altos e baixos
agarrado ao qualitativo.
Uma equação debochada
que não se importa com nada.
Minhas perguntas cansadas.
Sem resolver tuas incógnitas
sou a criança na praia:
a areia toda não cabe
na sua pazinha encantada..!
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