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Poesias-->Quimeras -- 25/03/2000 - 07:23 (Cláudio Alcântara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aleluia minhas doces quimeras

Que me fizeram acreditar deveras

No romance da flor na primavera

Desabrochado, tardiamente e triste

Sob a luz de meus olhos, há eras



Oh amada, morrerei diante da angústia

Que tu plantaste no escaninho de meu peito?

Silente, aguardo por tua revoada no alvorecer

Buscarei aconchego na maciez de tuas asas

Cuja plumagem me estende calor e carinho



Não dormirei sem que eu saiba do teu ninho

Ficarei em silêncio ouvindo o teu ressonar

Cobrirei-te com meu olhar cheio de ternura

Embora eu saiba do engodo que arrumarás

Tal e qual o ramance da flor na primavera



Certamente aceitarei o teu escorregar

Essa tua mania de fugir pelas margens

Mas nada me resta senão esperar por ti

Esperar que tu me leve à qualquer lugar

Onde eu possa saborear minhas quimeras



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