Ó Deus de infinita bondade
Ó Deus de infinita bondade
Que tanta maldade permites na terra;
Porque Tu não castigas
Aquele, que em tão alto grau erra
Porque tanto egoísmo,
Se todos somos irmãos.
Porque alguns caem no abismo
E não lhe estendes as mãos
Os deixas morrer na amargura
No fel da agressiva solidão
No abismo, na treva escura
Em tremenda abjeção
Senhor tende piedade
Afasta-o da presença do mal
Dá-lhe uma outra dimensão
Para que vença o gelo abissal
Que corrói suas entranhas,
Frustração suprema da felicidade,
Onde as decadências são tamanhas
Ante o limiar do abismo que o invade.
Dá-lhe Senhor o amor e a beleza
Para que em nova dimensão
Possa esquecer com clareza
A incoerência de seu coração !
São Paulo, 14/05/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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