Maria das Dores
Félix Maier
Oh, Maria das Dores, de mil amores,
Com muito fervor, viveste a sorrir.
Nos primores da vida, soubeste florir,
Com vigor, paixão, muitos sabores.
Em teus amores, sem medo ou pudor,
Foste livre, sem tempo para te ferir.
Mas ao fim, no silêncio a se despedir,
Poucas flores te deram, sem odor.
E assim, partiste sem alarde, sem cor,
Deixando saudades, sem ninguém sentir,
A vida te levou, como leva uma flor.
Maria das Dores, que soube existir
Nos sabores da vida, sem medo ou dor,
Agora repousas, sem mais seduzir.
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