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Poesias-->O oitavo dia da criação -- 27/12/2024 - 11:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Oitavo Dia da Criação

Félix Maier

No início, o buraco negro rotundo
Guardava o segredo mais profundo.
Deus, com o Verbo, deu forma ao mundo,
Criou luz e trevas, o começo fecundo.

Firmaram-se os astros no vasto vazio,
Planetas dançaram num canto macio.
Nos mares nasceu o primeiro desafio,
A vida emergiu no seu fluir bravio.

Na terra brotaram sementes primeiras,
Animais cruzaram montanhas inteiras.
Do pó veio o homem, obra derradeira,
E Deus viu o mundo, a criação inteira.

Mas Adão e Eva, no ato atrevido,
Provaram do fruto, do saber proibido.
Queriam ser deuses, num sonho perdido,
E rasgaram o véu do Éden querido.

Os filhos de Caim, com sangue nas mãos,
Ergueram Babel, desafiando os céus vãos.
E línguas diversas os tornaram coirmãos,
Na confusão de seus sonhos pagãos.

Veio o dilúvio, a fúria das águas,
Lavando a terra, curando as mágoas.
Mas dos salvos restaram as velhas chagas,
Milinetos de Caim em bravias vagas.

No oitavo dia, o homem se agitou,
Engenho e arte ao mundo legou.
Aves de ferro aos céus elevou,
E aos astros distantes sua ciência voou.

Criou maravilhas e até clones de animais,
Curou doenças que antes eram fatais.
Mas moldou também armamentos letais,
Bombas termonucleares para tempos finais.

Nos códigos frios, a mente em nova utopia,
Algoritmos traçam o que antes não havia.
A inteligência artificial cresce, etérea magia,
E o homem se espelha na máquina que cria.

Será o oitavo dia da criação um recomeço,
Ou o fim do homem, num destino avesso?
No Armageddon que apaga o universo expresso,
Volta-se à luz e às trevas, ao eterno regresso?

 

 

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