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Poesias-->Cantiga para o príncipe -- 22/06/2001 - 00:21 (Adriana Moura) |
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Que, quando amares, seja duma vez
Que nada então te aflija, doce menino
Como se o mundo houvesse se esquecido de ti
Que, quando a dor surgir, te seja leve
Que cavalgues os problemas
Como a um potro manso
Que a mão que te ferir, domines tu
E torne então carícia
Que, quando a seta te atingir, seja pequena
Que não se crave fundo no teu peito a traição
Criando a chaga da maldade
Que, quando te ferirem fundamente
Quando a dor insuportável entontecê-lo
Até deixá-lo louco
Que seja breve e não deixe cicatriz
E mantenhas limpa a mão e livre o peito
Que, quando, enfim, a vingança se fizer
Que seja a mais dura e arrase como o fogo
Que nada fique além de tua ira
Que te estranhe até o teu irmão
E o menos mau não conte com perdão
E fique, então, marcado em dura rocha: aqui reina
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