Usina de Letras
Usina de Letras
350 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62742 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22561)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51128)
Humor (20112)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141061)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6293)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->(vários) -- 26/03/2000 - 08:22 (André Leones) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Escrevo sentado

em cadeiras sem encosto

já cansado de me masturbar

fantasiando utopias.

A nossa utopia

é nos afogarmos todos juntos

na mesma pia,

eu,você e as nossas crias.



(Saudades de quando eu partia)



*************************************************



Advento abrupto da raça:

eu mesmo e a luz.

Dos nascimentos plausíveis

(não propriamente impossíveis)

fui relegado ao fórceps e vice-versa.

Tudo extraordinário de tão normal.

Você se jogaria do milésimo andar?

Que original.



*************************************************



PAI NOSSO



No silêncio aberrante das infâncias eu berrava.

As paredes de casa repletas de quadros e furos

- papai martelava. Dia aí papai morreu.

Me informaram aos sussurros, "Papai já era."

No escuro happy end de um negro quase azul

fui com o martelo no dedo

e o desespero nos dentes. Medraram: "Rezas?"

Não:papai já era.

Erra.



*************************************************



Tentarei mil vezes se preciso, nulas

de verdade, mas com certo efeito.

Tragédias se amontoando

como restos de comida

ou mágoas

de fim de semana. Suave,como se é tudo,vez em vez.

Empilho a louça suja, a prataria sem cara,

enquanto a luz oscila num barato demodé.;

toalha de mesa ou de rosto,

ainda não tenho cesto de lixo no banheiro.

A privada, conquanto tão convidativa,

ou um porre e um porre aberrante

um baseado achado de graça no mato

um puta bem burra e bebida barata

aquele cheiro

o peito congestionado

todos no pátio com sua práxis

e uma rimas brancas pra disfarçar.

Curioso, quase engraçado, tudo desabando

de uma vez, anulando meu discernimento.

Como quando me dopava com aspirina,

ninguém acha crível.



O Junior. Elas duas prenhas, te lembras?

uma com doze, outra com treze, se tanto,

bem certo isso, Junior,

seu louco e distante André chegou bem perto,

finalmente, mas você foi mais fundo.

A putinha prenha, certeiramente natimorta.;

não era eu cutucando o bebê.

Era eu pensando merda, acontece,

mas não trepei.

Sexo com sombras, eu estava tão vivo,

mas não agora ou nunca nem sempre

e nenhuma daquelas senhoras.

Não estive lá. Você, maldito, foi e ficou.



*************************************************



VANGELLO



ama o próximo como a ti mesmo

e acima de tudo



esquece Deus



a confusão e a maravilha

são virtudes próprias do homem

não de Deus



porém Alá sabe mais



*************************************************



MERRY CHRISTMAS



gabriel quis saber:

o natal já passou e já vem

o inaudito parimento do cristo

-foi a fórceps?



*************************************************



Sonho Priscila tirando meus sapatos

Sorrisos trocados tropeços morféticos atrasos

e presentes caros puros equívocos

eu esquivo

de ouro dezoito:meus vinte anos

Louco, como dizem

Paixãozinha descarnada no ridículo de si.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui