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| Poesias-->escadarias -- 24/06/2001 - 01:33 (maria da graça ferraz) |
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Plantei sonhos
em degraus redondos-
como uma tonta!-
sobre uma escada
bamba em espiral.
E, no estrado
rolante desta
roda gigante,
sonhos escaparam
das mãos.
Para onde
o foram?
Quem os tirou
de mim?
Por que a vida
é assim?
Não sei se sonhei
feio ou bonito
mas todos sonhos
foram perdidos
nos labirintos.
Não sei se sonhei
certo ou errado
mas todos os sonhos
me foram arrancados.
E, hoje, o que me
resta é resonhar
os degraus
redondos
-meio zonza!-
Resonhar
uma escada
a girar devagar
Sonhar
o anel
do indicador
da mão de um anjo
gozador
que fura bolo
e mata piolho
e de todos sonhos,
é o meu filho!
Filho de todos!
Seu vizinho!
Mindinho!
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