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| Poesias-->mão de poeta -- 05/07/2001 - 02:34 (maria da graça ferraz) |
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Mão de poeta
mdagraça ferraz
A mão de poeta
nunca atinge,
só espeta.
Sempre passa
de raspão
e se finge.
Arredonda aresta
de violão.
Mão de poeta
faz curva,
não é reta.
Mão de poeta
duvida da
distância que
olho indica
onde tudo se estica.
Entre mão de
poeta e a coisa,
há tantas outras
coisas não despertas.
Que, talvez,
pura insensatez!,
sejam ineficientes
porque estão
sempre a
transbordar
de invisíveis
superfícies.
E, quando,
a mão do poeta,
finalmente atinge,
jamais captura
as ignorâncias,
porque está repleta
de insignificâncias.
Mão de poeta
é aberta
de significados.
É através
desta mão supinada
que poeta respira
e o mundo se completa.
Desta mão ávara,
a vida se recria
em metáforas!
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Owner: Eustáquio Braga (Tha©kyn)
PENSE POESIAS...
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